
Agrofloresta: SAF Dendê
O Sistema Agroflorestal (SAF) Dendê é uma parceria entre Natura, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) e Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (Icraf, na sigla em inglês). A iniciativa segue as normas do Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO) e da UEBT. Trata-se de uma solução baseada na natureza para produção de óleo de palma livre de riscos e via agricultura regenerativa. A solução mimetiza as dinâmicas de uma floresta biodiversa. O projeto nasceu em 2008 e, em 2021, após 13 anos de pesquisa, passou a fornecer a matéria-prima para nossa linha Biõme, com produtos em barra e embalagens sem plástico.
Em 2024, a Natura assinou um termo de cooperação com a Secretaria da Agricultura Familiar do Estado do Pará (Seaf), para impulsionar o projeto. Essa ação traz um parceiro para a iniciativa, marcando um compromisso estratégico para o desenvolvimento de políticas públicas com a adoção de práticas regenerativas.
O SAF Dendê também promove impacto socioambiental positivo, ao viabilizar sequestro de carbono, aumentar a resiliência climática e duplicar a renda dos produtores rurais.
O Sistema Agroflorestal (SAF) Dendê é uma parceria entre Natura, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) e Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (Icraf, na sigla em inglês). A iniciativa segue as normas da Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável (RSPO, na sigla em inglês) e da UEBT. Trata-se de uma solução baseada na natureza para produção de óleo de palma via agricultura regenerativa: o SAF Dendê mimetiza as dinâmicas de uma floresta biodiversa. O projeto nasceu em 2008 e, em 2021, após 13 anos de pesquisa, passou a fornecer a matéria-prima para a linha Natura Biōme, de produtos em barra e embalagens sem plástico.
Em 2024, a Natura assinou um termo de cooperação com a Secretaria da Agricultura Familiar do Estado do Pará, para impulsionar o projeto. Essa ação traz um parceiro para a iniciativa, marcando um compromisso estratégico para o desenvolvimento de políticas públicas com a adoção de práticas regenerativas.
Atualmente, o projeto, em sua fase de expansão, abrange 413 hectares com a parceira Camta, e chegará a 650 hectares no calendário agrícola 2024/2025. Nossa meta é alcançar 45 mil hectares de SAF Dendê até 2035, a partir de investimentos próprios e parcerias com outras empresas e instituições. A iniciativa também promove impacto socioambiental positivo, ao viabilizar sequestro de carbono, aumentar a resiliência climática e duplicar a renda dos produtores rurais a partir de uma maior diversidade de produtos, quando comparado ao monocultivo da palma.
Associação de Mulheres Agroextrativistas
GRI 414-1
Em 2024, estabelecemos um relacionamento com a Associação de Mulheres Agroextrativistas do Médio Juruá (ASMAMJ), situada no município de Carauari (AM). Com essa parceria, atingimos nossa meta de 45 comunidades na Amazônia.
Índice de Progresso Social
Utilizamos a métrica do Índice de Progresso Social (IPS) para medir a performance social e ambiental das comunidades agroextrativistas e territórios onde atuamos, além de obter informações para o componente de Fortalecimento de Comunidades e Territórios da nossa estratégia, a partir de um modelo que combina conservação e regeneração ambiental com geração de renda. O IPS já foi aplicado em três territórios, nos estados do Amazonas e Pará (Juruá, Tapajós e Baixo Tocantins), no período de 2015 a 2022, por meio de coleta de dados primários. Em 2024, revisamos e customizamos a metodologia, com objetivo de tornar a coleta mais ágil e simplificada, permitindo o ganho de escala para aplicação em toda a nossa área de atuação na Amazônia. A metodologia revisada foi aplicada em um piloto em quatro territórios (Juruá, Baixo Tocantins, Marajó e Acre-Alto Madeira) em 2024, e será expandida para os demais territórios a partir de 2025.
Em 2024, pagamos R$ 1,9 milhão por serviços ambientais para a comunidade, evitando 68 mil toneladas de emissões de gases do efeito estufa.
Pagamento por Serviços Ambientais
Desde 2016, em parceria com o Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado Reca,grupo de famílias cooperadas sediado em Porto Velho (RO), contamos com um projeto de Pagamentos por Serviços Ambientais de compensação de carbono. Ele funciona junto à cadeia produtiva do Reca e de agricultores familiares, com a estratégia de recompensar os esforços voltados à conservação florestal e à produção sustentável de ativos da sociobiodiversidade. Em 2024, pagamos R$ 1,9 milhão por serviços ambientais para a comunidade, evitando 68 mil toneladas de emissões
de gases do efeito estufa.
No total, o projeto já evitou a emissão de mais de 368 mil toneladas de CO2. O Reca tem relacionamento com a Natura desde 2001, por meio do fornecimento de manteiga de cupuaçu, óleo de andiroba e de castanha. O projeto já teve R$ 7,8 milhões de pagamentos pela geração de créditos de carbono, impactando positivamente mais de 270 famílias e conservando 2.650 hectares de floresta.
Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva
Entrou em operação em 2024, e captou R$ 21 milhões para os veículos de crédito (Certificados de Recebíveis do Agronegócio - CRA) e o Fundo Facilitador (ECF), e conta com o Fundo Vale, a Good Energies Foundation, a Natura e a International Finance Corporation (IFC) como investidores. O projeto, idealizado pela Natura em parceria com a VERT Securitizadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), começa com uma operação que beneficia 13 cooperativas e associações agroextrativistas da região, com impacto positivo em mais de 2,5 mil famílias.
Nos próximos anos, estimamos que o Amazônia Viva impulsione o desenvolvimento econômico e sustentável em 16 territórios, aumente a produção de mais de 40 cooperativas e associações agroextrativistas e beneficie mais de 10 mil famílias na região
Em 2024, para tornar mais robusta a governança do mecanismo, inauguramos o seu Conselho Deliberativo, com participação da Natura, do Fundo Vale, de dois representantes de comunidades locais e de um representante da sociedade civil.
Todas as cooperativas e associações que acessaram o CRA, em 2024, receberam apoio em gestão financeira de uma consultoria. Essa ação contribuiu para que no primeiro período de operação não houvesse inadimplência. Ao fim do ano, sete participantes voltaram a acessar o mecanismo para financiar suas safras em 2025. Financiamento funcionam da seguinte forma:
- Emissão de CRAs pela VERT, fornece financiamento antecipado às cooperativas e associações agroextrativistas. Os recursos podem ser utilizados como capital de giro para safras anuais, tornando as operações mais eficientes e aumentando a produtividade.
- Enabling Conditions Facility (ECF, ou Fundo Facilitador), um fundo de recursos não reembolsáveis (filantrópico) gerido pelo Funbio. Tem como finalidade apoiar iniciativas para fortalecer aspectos operacionais e institucionais das cadeias da sociobiodiversidade e endereçar desafios estruturais nos territórios, fortalecendo especialmente jovens e mulheres.
A proposta do Amazônia Viva é facilitar o acesso das cooperativas e das associações agroextrativistas da região e seus associados a sistemas de financiamento. O objetivo é fortalecer as cadeias da sociobiodiversidade e seus territórios na Amazônia, a partir de um modelo que combina geração de renda com conservação e regeneração ambiental.
Emissão de debêntures fortalece bioeconomia
Em 2024, a Natura se tornou a primeira empresa brasileira a emitir debêntures atreladas a bioativos da Amazônia. Levantamos R$ 1,32 bilhão, com participação da International Finance Corporation (IFC), que contribuiu com R$ 300 milhões, e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com R$ 200 milhões.
Nesse modelo de emissão de debêntures, no formato de sustainability-linked bonds (SLBs), há metas específicas de sustentabilidade atreladas aos recursos. Um dos principais compromissos é o desenvolvimento de bioingredientes amazônicos. Tendo a IFC e o BID como investidores, os aportes seguem processo de due diligence rigoroso, garantindo a conformidade com padrões internacionais de sustentabilidade e ética.